segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O inferno ganha outra alma: Celso Pitta

No último dia 20 de novembro faleceu o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Incrível que após a morte todos virem bonzinhos. O sr. Pitta foi um dos piores prefeitos que São Paulo já teve, provavelmente o pior. Após a sua morte, começam a dizer que foi vítima de preconceito racial, e esta seria a causa da sua desastrosa administração. Falácia. Nós é que fomos vítimas de sua incompetência e despreparo, alçados ao gabinete de prefeito pelas asas de seu padrinho Paulo Maluf. Sua péssima atuação nada tem a ver com o fato de ser negro, mas nesta terra cristã impera a estética coitadista, onde é bonito ser coitado. Celso Pitta vai tarde. Não há razões lamentar a sua morte. Motivos para lamentar a sua vida existem de sobra.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A farsa da Tranparência Internacional

Interessante o resultado da classificação de corrupção dos países divulgado pela transparência internacional. Curiosamente, os países mais corruptos do mundo são os inimigos dos EUA como o Irã e a Venezuela, ou os países sob intervenção: Iraque, Afeganistão, Haiti, etc. Nada como caracterizar seu inimigo como imoral para justificar ações violentas. Interessante que a Suíça, um país que graças a absoluta opacidade de seu sistema financeiro lucra muito com a corrupção apareça como um dos menos corruptos. Também a Islândia é muito bem classificada, apesar da política econômica que quase levou o país à falência com a crise das hipotecas. Será que o povo islandês sabia dos riscos que corria? Por que a China é tão melhor que os inimigos dos EUA? A propósito, no sítio da IT:

http://www.transparency.org/

não encontrei quem a mantém ou quem está em sua diretoria. Nada. Talvez o conceito de transparência não caiba para quem, acima do bem e do mal, decide quem é ou não corrupto.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Novo reitor, velho autoritarismo na USP

O sr. José Serra, mais uma vez, apresentou novamente sua face autoritária. Escolheu o prof. Rodas, segundo colocado da lista tríplice, cujo nome mais votado era o do prof. Oliva. Não vi ainda nenhuma justificativa na imprensa sobre as razões para a escolha do prof. Rodas, mas é óbvio que não é devido a nenhuma questão acadêmica.

Provavelmente não existe nenhuma grande diferença entre as duas propostas e talvez não haja realmente nenhuma. O fato lamentável é escolher um reitor em virtude de um discurso agradável a um determinado partido político. É a face da submissão das questões acadêmicas às querelas dos partidos que ocasionalmente se encontram no poder. Na USP já e suportamos os lobotomizados do movimentos estudantis e os obscurantistas que acham espiritismo uma ciência. Agora sentimos a truculência do governador.

Infelizmente, figuras de envergadura microscópica como o sr. Serra não são raras. O seu histórico, como o de muitos perseguidos políticos, é simplesmente fruto do seu desejo irracional de poder que foi barrado pela ditatura. Não há diferença alguma entre o seu autoritarismo e o dos militares. Talvez o de Serra seja pior, pois não tem a decência de ser autêntico e esconde sua verdadeira face através da pseudo-democracia eleitoral brasileira.