quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

José Eduardo Arruda, o surpreendente

Será que alguém se espanta com o caso do sr. Arruda, governador do DF? Alguém ainda se lembra do caso do painel do senado, manipulado por Arruda e ACM? Parece que o povo que o elegeu governador não levou este fato em consideração na última eleição. Eu me lembro do caso pela imagem de Arruda gritando na tribuna do senado: "chega de leviandade!!". quando foi comprovado a sua culpa no caso. Não consigo descrever o nojo que senti deste sujeito quando o vi proferir o seu grito de indignação. Infelizmente a história, sobretudo política é uma eterna repetição. Em 2010 o próximo governador do DF será da mesma estirpe, não há dúvida.

Idiotas não falam por si

Após a mostra de corrupção no Distrito Federal mostrada em vídeo, o sr. Lula diz:"as imagens não falam por si. Deixemos julgamentos para depois das investigações da polícia federal". Lula realmente não nega a sua origem, enraizada no autoritarismo e na frouxidão ética. A leniência com a corrupção e com desvios de conduta já é praxe no governo petista. Vide os casos do mensalão, Sarney, Renan Calheiros, etc Agora nos diz: não julgai. Ora, por que não? Será que não somos capazes e precisamos que alguém o faça por nós? Esta é mais um aspecto da face autoritária de Lula. Não pensem, façam seu trabalho, cudem de suas vidas. Posteriomente diremos em quê vocês devem acreditar.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O inferno ganha outra alma: Celso Pitta

No último dia 20 de novembro faleceu o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Incrível que após a morte todos virem bonzinhos. O sr. Pitta foi um dos piores prefeitos que São Paulo já teve, provavelmente o pior. Após a sua morte, começam a dizer que foi vítima de preconceito racial, e esta seria a causa da sua desastrosa administração. Falácia. Nós é que fomos vítimas de sua incompetência e despreparo, alçados ao gabinete de prefeito pelas asas de seu padrinho Paulo Maluf. Sua péssima atuação nada tem a ver com o fato de ser negro, mas nesta terra cristã impera a estética coitadista, onde é bonito ser coitado. Celso Pitta vai tarde. Não há razões lamentar a sua morte. Motivos para lamentar a sua vida existem de sobra.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A farsa da Tranparência Internacional

Interessante o resultado da classificação de corrupção dos países divulgado pela transparência internacional. Curiosamente, os países mais corruptos do mundo são os inimigos dos EUA como o Irã e a Venezuela, ou os países sob intervenção: Iraque, Afeganistão, Haiti, etc. Nada como caracterizar seu inimigo como imoral para justificar ações violentas. Interessante que a Suíça, um país que graças a absoluta opacidade de seu sistema financeiro lucra muito com a corrupção apareça como um dos menos corruptos. Também a Islândia é muito bem classificada, apesar da política econômica que quase levou o país à falência com a crise das hipotecas. Será que o povo islandês sabia dos riscos que corria? Por que a China é tão melhor que os inimigos dos EUA? A propósito, no sítio da IT:

http://www.transparency.org/

não encontrei quem a mantém ou quem está em sua diretoria. Nada. Talvez o conceito de transparência não caiba para quem, acima do bem e do mal, decide quem é ou não corrupto.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Novo reitor, velho autoritarismo na USP

O sr. José Serra, mais uma vez, apresentou novamente sua face autoritária. Escolheu o prof. Rodas, segundo colocado da lista tríplice, cujo nome mais votado era o do prof. Oliva. Não vi ainda nenhuma justificativa na imprensa sobre as razões para a escolha do prof. Rodas, mas é óbvio que não é devido a nenhuma questão acadêmica.

Provavelmente não existe nenhuma grande diferença entre as duas propostas e talvez não haja realmente nenhuma. O fato lamentável é escolher um reitor em virtude de um discurso agradável a um determinado partido político. É a face da submissão das questões acadêmicas às querelas dos partidos que ocasionalmente se encontram no poder. Na USP já e suportamos os lobotomizados do movimentos estudantis e os obscurantistas que acham espiritismo uma ciência. Agora sentimos a truculência do governador.

Infelizmente, figuras de envergadura microscópica como o sr. Serra não são raras. O seu histórico, como o de muitos perseguidos políticos, é simplesmente fruto do seu desejo irracional de poder que foi barrado pela ditatura. Não há diferença alguma entre o seu autoritarismo e o dos militares. Talvez o de Serra seja pior, pois não tem a decência de ser autêntico e esconde sua verdadeira face através da pseudo-democracia eleitoral brasileira.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Truão da corte senil

Nova peripécia do bufão-senador Eduardo Suplicy. Desta vez, ele mostrou o "cartão vermelho" ao senador José Sarney. Talvez ele devesse mostrá-lo aos seus colegas de partido que apóiam Sarney. Ou melhor, aos seus parentes de partido. Como ele próprio atestou, Suplicy condena a saída de Marina Silva por considerá-la um abandono de família. Talvez o senador considere errado sair da "família PT" e se ache no direito de expulsar integrantes da "família governo". Em breve novas palhaçadas.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Suplicy again

Sobre a saída da sra Marina Silva do PT, senador Eduardo Suplicy faz a seguinte afirmação: "se você está com um problema em sua família, você deixa a família (sic)?" Não conheço outra pessoa capaz de uma declaração mais tola. Ninguém entra numa família por afinidade ideológica, apesar de, no Brasil algumas pessoas filiarem-se a partidos políticos por parentesco. Talvez seja a isto que ele se refere. É lamentável que um imbecil do porte de Eduardo Suplicy se manterá senador por SP durante 24 anos!

Mercadante assumido

O sr. Aloízio Mercadante afirma que o PT errou politicamente ao apoiar o engavetamento de denúncias contra Sarney. Belas palavras assumir um erro. Pena que o sr. Mercadante não diz o que fará para reparar o erro. Talvez ele ache, do alto da sua estupidez, que palavras substituem atos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sarney: Hitler maranhense

Diz o sr. José Sarney sobre o jornal O Estado de S. Paulo:

"O jornal vem se empenhando em uma campanha sistemática contra mim, uma sistemática nazista de acabar com a imagem da pessoa até levar para a câmara de gás. Felizmente não temos câmara de gás no Brasil".

Interessante o conceito de nazismo de Sarney. Provavelmente nesta formulação existam figuras intocáveis. Verdadeiros ícones acima do bem e do mal, dentre os quais ele certamente se inclui. Muito provavelmente os jornais de propriedade da família Sarney no Maranhão já adotam esta "linha editorial" ao jamais publicar nada desfavorável ao sr. Sarney e à sua família. Talvez os jornais nazistas alemães tivessem uma doutrina semelhante. Em ambos os casos se aplica a antiga máxima de J. Goebbels: "de tanto repetir uma mentira se obtém uma nova verdade".

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Abaixo o senado

Sempre que ocorrem escândalos no Congresso brasileiro surge no ar um clima de que o legislativo não é necessário. O mesmo ocorre no caso das denúncias de nepotismo contra o sr. José Sarney. Porém, se alguém disser que o Senado é dispensável, aparece alguém para defender etéreos "valores democráticos", supostamente impensáveis sem a câmara alta do parlamento. Porém, este tipo de discurso é conservadorismo disfarçado.

O legislativo na forma como funciona hoje é algo totalmente contrário a qualquer conceito de democracia. Ele é um mecanismo autoritário para fazer prevalecer os interesses dos parlamentares e dos seus financiadores. Àqueles que dizem que o fim de tais instituições seria um retorno à ditadura eu digo que a ditatura ainda não acabou, e o atual regime político é uma continuação jurídico-parlamentar da ditadura militar.

Por que os políticos com mandato parlamentar dispõem de tanto poder? A sociedade não pode continuar refém de legisladores que, devido à posição que ocupam, são totalmente inatingíveis, a não ser pelos seus próprios pares.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Desonestidade ou incompetência?

Setenta e cinco chefes de alguma coisa na gráfica do senado federal. Quantos senadores, ou mesmo deputados, sabiam deste absurdo? E os da "grife" honesta? Falo de homens da nano-envergadura de Eduardo Suplicy, Pedro Simon e Cristovam Buarque. Tentam vender a imagem de honestos, mas são incompetentes para denunciar qualquer irregularidade. Discursos inócuos após o vazamento dos escândalos é o que estes parasitas sabem fazer. Por outro lado, se sabiam e não denunciaram, são desonestos por conivência. Qual será a melhor definição para estes senhores?

A mediocriade ao alcance de todos I

Me perdoem a total imprecisão, mas não dá para não comentar. Peguei o final duma entrevista ao Heródoto Barbeiro na CBN, e não compreendi o nome do entrevistado. O fato, acredite quem quiser, é que o referido sujeito dizia que o envio da missão tripulada à Lua foi um desdobramento da fracassada invasão da Baía dos Porcos por exilados cubanos treinados pelo exército americano para tentar derrubar o regime castrista. Como não conseguiram, a maneira de apagar o vexame foi enviar um astronauta à Lua. Algo totalmente crível para as mentes esquerdistas.

Acho que a inconsciência é um dos defeitos mais graves. Achar ser algo que não é. A estas pobres criaturas pseudo racionais falta, destre outras coisas, a percepção da sua insignificância.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ampliação dos marginais

em 2000 votamos na sra. Marta Suplicy para que ela priorizasse o transporte público e ela contruiu os túneis da Cidade Jardim e da Rebouças em São Paulo. Em 2004 votamos no sr. José Serra e em 2008 no sr. Gilberto Kassab para contrariar este modelo, e agora tanto Serra, hoje governador, como Kassab, propõem investimentos bilionários na ampliação das marginais e na construção de túneis para os automóvies. Sem contar esta ridícula ponte estaiada e o tal Rodoanel. E o transporte público? Ele não interessa a ninguém, nem mesmo a quem mais precisa dele. Nada pode deter o avanço destes marginais, não importa sua origem.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sarney e Lula: a história os condenará

Lula diz que Sarney é uma pessoa que tem história suficiente para não ser tratado como uma "pessoa qualquer". Interessante que pessoas tão medíocres como o sr. Lula se achem mais do que são em função do cargo que ocupa.

José Sarney foi talvez o pior presidente da história do Brasil. Sua gestão econômica desastrosa gerou hiperinflação e seus planos econômicos heterodoxos ainda geram prejuízos atrvés de ações judiciais. Ele foi grande protagonista da década perdida da economia brasileira e abriu caminho para um aventureiro do naipe de Fernando Collor chegar à presidência. Depois de deixar o cargo, transferiu seu domicílio eleitoral para o estado do Amapá, criado durante a sua gestão na presidência, do qual se elegeu senador e permanece nessa posição até hoje.

Ou seja, José Sarney e sua dinastia são um tumor maligno na política brasileira. Logo, sr. Lula, realmente nós precisamos de uma pessoa da sua envergadura intelectual e conhecimento histórico para nos lembrar de que não falamos de qualquer um.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Políticos bons pra burro!

Através de "atos secretos", senadores têm empregado parentes, seus e de colegas, em seus gabinetes. Ninguém sabia de nada, e provavelmente haverá apenas a punição administrativa a algum servidor que servirá de bode expiatório.

Em todo caso, alguns políticos gostam de classificar a si e a seus colegas maniqueisticamente em bons e maus. segundo este raciocínio, existem bons políticos, basta que as pessoas estejam atentas e os procurem. Neste caso, especificamente, onde estavam os "bons"? Pedro Simon (PMDB - RS) e Eduardo Suplicy (PT - SP) aparecem por aí como do time dos bonzinhos. Também não sabiam de nada? Como a fiscalização das atividades de governo é parte de suas atividades, como nunca descobriaram estes atos secretos, significa que são incompetentes. Se por acaso sabiam, não são honestos. Com qual alcunha devemos identificá-los?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Homofobia e violência

A parada do orgulho gay ocorrida ontem (15/06/2009) em São Paulo teve o propósito de apoiar a criminalização da homofobia. O argumento é a violência contra homossexuais. Entretanto, como a violência de qualquer tipo já é crime, surge a questão das razões da diferenciação da violência contra homossexuais. Não me parece que a violência contra um heterossexual seja menos grave que contra um homossexual. Assim, a lei parece desnecessária.

Porém, a questão do crime de homofobia transcende a violência física. Ela se extende à violência verbal, a qual torna a aplicabilidade da lei totalmente subjetiva. Chamar alguém de homossexual poderá dar cadeia. Outros tipos de preconceito não foram contemplados. Alusões a portugueses, negros, nordestinos, judeus, argentinos, prostitutas, dentre outros, poderão ser consideradas crime, se a coerência for observada. O resultado será uma verdadeira prisão do politicamente correto. Fora as manifestações mais evidentes, outros tipos de texto, com qualquer tipo de crítica, ficarão passíveis à punição. A liberdade de expressão ficará sujeita à censura, e outros tipos de censura poderão vir.

Este tipo de legislação pode ainda ser usada para a impunidade. Um deputado homossexual pode recorrer a este tipo de lei no caso de um processo qualquer, e se dizer vítima de homofobia. Assim como um homossexual que mate alguém pode vir a alegar legítima defesa no caso de ser xingado. Ou seja, é um projeto que propõe que a violência a um determinado grupo seja mais grave que a cometida sobre outros.

O projeto de criminalização da homofobia se insere na culura brasileira da criação de grupos mais iguais que o resto. É uma tradição na história do Brasil e mais um aspecto da sua face autoritária, a qual também considera que autoritário é sempre o outro.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O ovo da serpente

Ontem, 9 de junho de 2009, houve um novo conflito violento dentro da Universidade de São Paulo. Os envolvidos foram docentes, funcionários e alunos em greve e a polícia militar. A violência é rotineira dentro da USP. A invasão do prédio da reitoria em 2007 e as repetidas greves são reflexo do abandono do uso da razão para o apelo à força como instrumento de negociação.

O autoritarismo é, em meu ponto de vista, a marca maior da sociedade brasileira. O conflito nas ruas da USP não é senão o enfrentamento de forças que lutam irracionalmente para saciar sua sede de poder.

Os grevistas apoiadores do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Sintusp, cuja diretoria é filiada ao PSTU, tenta utilizar reivindicações salariais e de condições de trabalho, que muitas vezes são justas e razoáveis, para ganhar poder político na universidade. A USP, dado o seu tamanho, seu orçamento, o número de funcionários e estudantes e seu prestígio, é o sonho de consumo de grupos que pretendem usá-la politicamente. A tomada do poder nas universidades públicas estaduais é, na visão destes senhores, uma etapa na conscientização da condição de explorado vivida pela população. Depois desta tomada de consciência viriam movimentos nas fábricas, nos hospitais, nas pequenas empresas, etc... até a tomada do poder total através de um movimento revolucionário.

Os estudantes eu dividiria em três grupos. O majoritário, onde estão os alunos que frequentam a universidade para estudar e não se interessam por estas questões. Creio que pelo menos 86% dos alunos podem ser incluídos nesta categoria. Obtive este número dividindo os 7,4 mil votantes da eleição de 2007 para o diretório central dos estudantes (DCE) pelos 51,9 mil estudantes de graduação da USP. Se incluirmos os 31,8 mil estudandes de pós-graduação, o número de estudantes interessados nessas questões é de cerca de 9%. Assim a visão de que alunos são baderneiros é falsa. Uma minoria participa destes movimentos. Um segundo grupo, inferior a 1%, é constituído por de estudantes militantes de partidos políticos que não estudam e utilizam a universidade para aplicar técnicas de manipulação aprendidas nos partidos onde são afiliados, como PT, PC do B, PCB, PCO, PSTU, PSOL, POR, entre outros. O sr. Lindberg Farias é um exemplo deste tipo de subproduto nocivo das universidades que são utilizadas como escola de autoritarismo para futuros políticos profissionais.

O número de professores que participa do movimento eu não tenho como estimar. A Associação dos Docentes da USP, ADUSP, não divulga em seu sítio o número de filiados. Mas estimo que a participação dos 5,4 mil docentes da USP seja menor que a dos estudantes. O interesse dos docentes é normalmente o de aplicar os conhecimentos adquiridos em doutrinas esquerdistas muito autoritárias e que são cega acriticamente seguidas por estes docentes.

Está claro que as pessoas que participam deste movimento são uma minoria que não está interessada em melhorar a universidade. Uma universidade é, no meu ponto de vista, constutuída por pessoas que buscam o conhecimento e têm a racionalidade como um valor. A partir do momento que estes valores são substituídos pela satisfação do desejo irracional do exercío do autoritarismo, o papel da universidade já não é mais este. A democratização meramente formal da sociedade brasileira fomenta a existência destes grupos extremistas e abre a brecha, mesmo que pequena, para a volta de um trágico regime autoritário, como o vivido de 1964 a 1985. A população não aprendeu a ser livre e nem a buscar a defesa dos seus direitos sem emprenhar a cadela sarnenta do atoritarismo.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Haddad e Souza: farinha do mesmo saco

No sítio

http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,professor-nao-vai-concorrer-em-desigualdade--diz-haddad-em-debate,384267,0.shtm

podemos encontrar uma entrevista dupla dos srs. Paulo Renato Souza, secretário de educação do estado de SP e Fernando Haddad, ministro da educação.

Segundo Haddad, os professores têm salários 61% em média inferiores a outros profissionais de mesma formação. O ministro poderia nos dar valores absolutos, ou seja, os valores dos salários. Também por região ou estado este valor certamente varia bastante, assim como em função do tempo de trabalho os professores recebem cada vez menos.

O sr. Haddad deveria fazer a comparação dentro dos salários pagos pelo próprio governo, onde as diferenças são muito maiores. Por exemplo: professor de universidade federal detentor do título de doutor ganha algo como R$6500 no ingresso na profissão. Muitos profissionais do governo como juízes, delegados da polícia federal, promotores, analistas da receita federal, etc, recebem salários muito superiores a este, mesmo tendo cerca de cinco anos a menos de instrução necessários ao curso. Os professores universitários chegam a ganhar um terço do que ganham alguns destes profissionais. Ou seja, estamos comparando com os professores universitários. Se a comparação for feita entre juízes e professores de ensino básico, esta diferença será de quase vinte vezes. Não existe explicação para esta diferença, mas o ministro Haddad prefere fugir deste fato e e compara salários de professores de escola pública com médias salariais de empresas privadas esquecendo-se que os professores não recebem praticamente nenhum tipo de benefício. Ou seja, o sr. Haddad age de maneira absolutamente antiética ao manipular dados para justificar o injustificável.

O srs. Fernando Haddad e Paulo Renato Souza não dizem, mas o entendimento é claro: as instâncias governamentais não aumentarão os salários dos docentes. O objetivo destes senhores é aumentar a quantidade de professores formados e aumentar o número de profissionais à disposição do mercado. Depois de formados, sem outra escolha, a maioria deles se sujetará a salários aviltantes e ao desrespeito da sociedade e dos governos para com esta atividade.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mensalão?

Segue abaixo a notícia de um medíocre-mor da república, o deputado comunista (sic) Aldo Rebelo (PC do B - SP). Segundo o sr. Rebelo, nunca existiu o pagamento de mensalidades para a aprovação de projetos na câmara dos deputados, conhecido como mensalão. Talvez também nunca tenha havido, no ano de 2006, a proposta de 92% de aumento dos salários dos deputados federais feita pelo sr. Rebelo, então presidente da câmara dos deputados. Nem nunca houve o título de sócio honorário do Clube de Regatas Vasco da Gama recebido por Aldo das mãos do sr. Eurico Miranda, então presidente do Vasco e investigado na CPI da Nike presidida por Aldo Rebelo. Não, tudo isso não passa da imaginação de algum reacionário. Porém, é certo que existe o projeto de lei para a supressão dos estrangeirismos do léxico proposta por Aldo Rebelo, um nacionalista incansável. Nacionalismo este, que como disse Bertold Brecht, é o último refúgio dos canalhas.

Voltaremos mais tarde a este assunto.

segue abaixo a notícia extraída de

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1170414-5601,00.html

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'Para mim, não existiu', diz Aldo Rebelo sobre mensalão

Deputado prestou depoimento como testemunha de Dirceu e Jefferson.
Até 5 de junho, 96 testemunhas serão ouvidas em SP.

Da Agência Estado

Tamanho da letra

O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) disse à Justiça Federal nesta quarta-feira (27) que não sabe da existência do mensalão, suposto esquema de pagamento de propina a parlamentares para influenciar votações no Congresso a favor do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"A partir do que pude testemunhar, eu não tive conhecimento nem vi esse esquema funcionando", disse Rebelo, após depor como testemunha de defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), na capital paulista. "Para mim, não existiu." Rebelo também respondeu como testemunha de defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB).

Em São Paulo, ao todo, serão ouvidas 96 testemunhas do processo, na 2ª Vara Criminal Federal, até 5 de junho.

Ao ser questionado sobre como poderia depor ao mesmo tempo a favor de Jefferson, que denunciou o mensalão, e de Dirceu, apontado como o chefe do esquema, Rebelo respondeu: "A testemunha é da Justiça. As perguntas são feitas e cabe à ela (Justiça) cotejar as minhas respostas com o que os advogados de cada um dos réus apresentar."

Ao contar à imprensa sobre seu depoimento a respeito de Dirceu, Rebelo afirmou: "Participamos de várias batalhas políticas juntos. Fui testemunha dele no Conselho de Ética e estou aqui."

Outras testemunhas

Rebelo foi a segunda testemunha a falar sobre o caso nesta quarta, seguido pelos breves testemunhos do publicitário Nelson Biondi e de Ricardo Baldassarini.

No começo da noite começou a depor o assessor de Dirceu, Roberto Marques.

Segundo Biondi, lhe foram feitos dois questionamentos: sobre como funcionava a bonificação de volume, uma espécie de prêmio oferecido por emissoras de televisão a anunciantes de acordo com a quantidade de anúncios veiculados, e se conhecia o publicitário Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão - Biondi disse ter respondido não.

Acareação

O advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, Luiz Francisco Barbosa, disse que entrará nesta quinta-feira (28) no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de acareação entre o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e Rebelo.

Segundo Barbosa, os dois teriam entrado em contradição ao responder se o governo federal investigara ou não as denúncias do mensalão. De acordo com o advogado, Thomaz Bastos teria dito em seu depoimento que houve uma investigação formal no âmbito da União. Rebelo, no entanto, teria declarado que a investigação foi apenas informal.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Paulo Renato, o secretário dos bons livros

No texto abaixo, o sr. Paulo Renato Souza, secretário de Educação do estado de São Paulo, diz não querer falar sobre os livros inadequados que a secretaria sob sua responsabilidade aprovou para uso nas escolas.

Só quer falar sobre os livros bons, pois os ruins "não foram lidos na íntegra." Pergunta: os livros "bons" foram lidos na íntegra? Ou será que todos os lidos na íntegra eram tão bons que induziram os avaliadores a não ler os demais? Se até então tudo estava bem, não havia motivo de haver qualquer problema com os seguintes. Bem, sejamos claros, como nenhum livro foi lido integralmente, quem deveria ficar calado é o sr. Paulo Renato, que não deve dar opinião sobre livros que não lê e assuntos dos quais não entende.

A sra. profa. Iara Prado, do "programa Ler e Escrever" é menos política, e diz que o governo teve pressa, afinal o mandato do governador é curto. Estranho, eu pensava que o PSDB, partido do governador, tivesse um programa para a educação que vinha sendo seguido nos doze anos de governo do PSDB que antecederam o mandato do sr. José Serra.


http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090604/not_imp381964,0.php


Secretaria deve devolver duas obras do programa de leitura de SP

Secretário diz que nem todos os livros foram lidos na íntegra e coordenadora admite ''pressa''; mostra traz 812 títulos

Fábio Mazzitelli e Carolina Freitas

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A Secretaria de Estado da Educação deve devolver ou sugerir trocas às editoras de duas das seis obras excluídas do programa Ler e Escrever por considerá-las "completamente inadequadas" para uso escolar. Ontem, o secretário Paulo Renato Souza admitiu que nem todas as obras foram lidas na íntegra antes de serem enviadas às escolas. O programa é voltado para o reforço da alfabetização de crianças de 6 a 10 anos.

Considerada a "mãe" do Ler e Escrever, a professora Iara Prado disse que os erros na seleção ocorreram porque o governo teve "pressa" para colocar os livros nas escolas. A rede estadual tem mais de 5 mil colégios e cerca de 5 milhões de alunos. As duas obras devolvidas são Um Campeonato de Piadas, que teve o conteúdo considerado pela pasta como "preconceituoso", e Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol, tiras dirigidas a adultos, com palavrões, conotação sexual e alusão ao crime organizado.

Os outros quatro títulos serão encaminhados para salas de leitura de escolas de ensino médio e de Educação de Jovens e Adultos (antigo supletivo). Foram gastos R$ 149 mil com as seis obras retiradas, dos quais R$ 53 mil com as devolvidas.

No total, o programa previa 818 títulos comprados para crianças da 1ª a 4ª séries do fundamental. Ontem, a secretaria abriu uma mostra com os outros 812 títulos. A exposição ficará por 15 dias, das 9 às 18 horas, na Praça da República, sede da secretaria. Em entrevista, o secretário irritou-se ao ser questionado sobre o problema. "Quero falar dos (livros) bons. Não quero voltar a falar dos ruins." Paulo Renato disse que os livros "não foram lidos na íntegra". Uma sindicância deve apontar os responsáveis pela aprovação dos títulos, que podem ser demitidos. Iara Prado afirma que a aquisição e a distribuição dos livros paradidáticos do Ler e Escrever, de apoio ao trabalho pedagógico, duraram cerca de um ano, tempo que deve saltar para "dois anos a dois anos e meio" com a mudança no processo de seleção que será adotada depois das falhas. Antes de ser adquirido, o livro passará pelo crivo de um especialista responsável por ler a obra.

"Existe uma coisa que é dramática para quem está no Executivo: o tempo da duração do mandato. Você está dentro disso e tem que cumprir para implantar um programa. Erramos nesses seis pela pressa de ter os livros na sala de aula", disse Iara.

Após a sindicância, o secretário promete punir os responsáveis. Ele defende que as duas obras consideradas inadequadas para uso escolar sejam devolvidas às editoras para troca por outras. As editoras não se manifestaram. Os 818 livros do programa custaram R$ 16,7 milhões.

OBRAS EXCLUÍDAS

Um Campeonato de Piadas, de Laert Sarrumor e Guca Domenico

Poesia do Dia - Poetas de Hoje para Leitores de Agora, de Joca Reiners Terron e outros

O Triste Fim do Menino Ostra e Outras Histórias, de Tim Burton

Memórias Inventadas - A Infância, de Manoel de Barros

Manual de Desculpas Esfarrapadas: Casos de Humor, de Leo Cunha

Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol, vários autores

Serra vai à educação

No final do texto abaixo, obtido no UOL em 3/6/09, o sr. José Serra, governador de São Paulo, diz que muito foi feito em relação à estrutura das escolas, mas pouco se avançou no aprendizado. Bem, qual a relação de uma coisa com a outra? Se ele estava falando dos prédios, nem uma inteligência como a do excelentíssimo governador não perceberia que inexiste qualquer relação entre estrutura predial e aprendizado. Se ele fala de medidas administrativas, tampouco é possível enxergar qualquer relação. Que medida administrativa ele sugeriria para um pai cujo filho tem um desempenho escolar insatisfatório? Sejamos diretos: qual medida objetiva foi adotada para melhorar o ensino? Aparentemente, nenhuma.

Para esclarecer, Serra diz que suas medidas estruturais não surtiram efeito por causa do corporativismo e da formação pedagógica inadequada dos docentes. Quanto ao suposto corporativismo, quais suas ações e seus efeitos? Não conheço nenhum corporativismo metodológico que resulte no baixo aprendizado. Creio que o sr. Serra poderia ser mais claro. As faculdades de pedagogia seguem o que está previso nas diretrizes curriculares do MEC. Cabe ao sr. Serra e ao seu secretário de governo da Educação dizerem claramente o que os professores aprendem nas faculdades que os impede de ensinar a contento.

Ao invés de responder às questões formulou, o sr. Serra diz o que fará: irá "trazer do futuro para o presente os cursos de aperfeiçoamento, com um exame". Talvez a viagem no tempo já tenha sido inventada e não me avisaram, e talvez assim seja possível entender o que o sr. José Serra quis dizer. Se é que é faz sentido tentar entender.



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SP anuncia 10 mil vagas para professores até setembro e promete outras 50 mil

Ana Okada* Em São Paulo


O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) a criação de 10 mil vagas para professores, que devem ser preenchidas por concurso público até setembro. A Secretaria de Educação do Estado ainda promete enviar projeto para a Assembléia Legislativa criando outros 50 mil cargos para docentes - ainda sem data prevista para realização de processo seletivo.

As novas vagas foram prometidas no evento de lançamento do programa Mais Qualidade na Escola - um conjunto de medidas para a educação paulista. Hoje, a rede estadual tem 130 mil professores efetivos e 80 mil temporários.

Entre as ações do programa estão a lei que dispõe sobre o ingresso dos professores, em que são previstos um curso de formação para os aprovados em concurso, a criação de duas novas jornadas de trabalho e a criação de uma prova para os temporários.

O que você acha da criação destas 10 mil vagas? Opine

Avaliação de temporários

Na prova para docentes temporários, aqueles com melhores desempenhos terão prioridade para a escolha de turmas. "Resolvemos a questão judicial preservando nossos alunos de ter aulas com pessoas que não foram qualificadas por um exame", afirmou o secretário da Educação, Paulo Renato Souza.

No início do ano, uma prova para professores temporários na rede estadual virou alvo de ações na Justiça. Segundo o governo, o sindicato dos professores não foi ouvido. Mas a secretaria afirma que tem reuniões agendadas. "Creio que a maioria das reivindicações foi atendida, como a manutenção dos direitos dos temporários e a criação de novas vagas", disse o secretário.

Prova para professores ingressantes

O programa lançado prevê a criação de uma escola responsável por oferecer a formação de professores do Estado. Os profissionais que ingressarem na rede terão de passar por um curso, que será feito presencialmente e a distância.

A formação será feita por meio de sistema de cooperação e parcerias com universidades públicas e privadas do Estado. O FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) apoiará a instalação da escola, sediada na rua João Ramalho, com recursos humanos e materiais.

Os custos do programa serão absorvidos pela Secretaria de Educação.

De acordo o secretário da Educação, o novo modelo é "uma mudança profunda, que aproxima a carreira do magistério à carreira pública, que também oferece cursos de formação".

Além disso, foi anunciada a criação de duas jornadas de trabalho distintas para os docentes: uma de 40 horas e outra de 12 horas de trabalho semanais. Segundo a pasta, a de 40 horas visa a que o professor crie vínculos com a instituição de ensino.
http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/05/05/ult105u7987.jhtm

Fim do corporativismo

Durante a divulgação do programa, o governador do Estado José Serra disse que muito foi feito em relação à estrutura das escolas, mas pouco se avançou no aprendizado.

Segundo Serra, isso se deve ao "corporativismo exacerbado devido a leis enrijecidas e a inadequação das faculdades de pedagogia". Para ele, o que será feito é "trazer do futuro para o presente os cursos de aperfeiçoamento, com um exame".

O estado do Pantanal

O estado do Mato Grosso do Sul pode passar a se chamar Pantanal. Realmente, é uma discussão importante, da qual eu tomei conhecimento em

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u576288.shtml

A íntegra do texto segue abaixo, para não dizerem que é invenção. O argumento do deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR) é que o estado do MS poderia ter melhor sorte se mudasse de nome. Talvez uma consulta a um numerólogo seja útil. Quem sabe somente mudar o nome do estado para Matho Groso do Soul seja suficiente.

Além disso, o sr. Arroyo afirma que a FIFA não teria como "explicar ao mundo" o fato da sede pantaneira da Copa do Mundo estar fora do estado do Pantanal. Não sabia que a escolha levava em consideração o ecossistema onde a sede se localiza. Como explcar ao mundo que não há uma sede na vegetação de cocais ou na caatinga? Talvez se o Piauí ou do Maranhão tivessem mudado de nome, a história seria outra. Boas idéias que não emplacaram por falta de uma divulgação adequada, eu creio.

A idéia do legislador é relevante, e já foi levantada anteriormente pelo ex-governador Zeca do PT, que não conseguiu emplacar a proposta. Faltou algum elemento agregador para que entraves ideológicos inviabilizassem a discussão fossem superados, eu suponho.


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Deputados do MS querem mudar nome do Estado após derrota de Campo Grande para sede da Copa

da Agência Folha, em Cuiabá

A decepção provocada pela derrota de Campo Grande na disputa pela "sede pantaneira" da Copa do Mundo de 2014 --que ficou com Cuiabá (MT)-- fez ressuscitar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul um antigo movimento que defende um novo nome para o Estado: Pantanal.

A ideia foi apresentada ontem em plenário a partir de um requerimento do deputado Antônio Carlos Arroyo (PR), que conseguiu recolher assinaturas de 15 congressistas em apoio "ao aprofundamento do debate". "O nome atual nos causa muitos transtornos e não ajuda a divulgar nossas belezas naturais", diz Arroyo.

Definido em 1977 --com a divisão de Mato Grosso e a criação do novo Estado--, o nome atual teria sido escolhido "nos gabinetes de Brasília", diz o deputado. "É comum sermos chamados de Mato Grosso por visitantes, veículos de imprensa e até ministros", reclama.

Dois terços do Pantanal ficam em Mato Grosso do Sul. Para o deputado Amarildo Cruz (PT), a mudança tem de ocorrer "antes de 2014". "Do contrário, Cuiabá passará a ser conhecida como a capital do Pantanal, em um Estado que tem a menor parte dele", diz.

A mais recente tentativa de mudar o nome do Estado para Pantanal ocorreu por iniciativa do então governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT (1999-2006). À ocasião, segundo Cruz, a discussão foi "desqualificada" pela oposição.

"Diziam que o governador estava interessado é na nova sigla: PT. E o fato é que, se tivesse havido a mudança, certamente Campo Grande teria tido melhor sorte na disputa. A Fifa não teria como explicar ao mundo que a sede pantaneira ficaria fora do Estado do Pantanal", afirma Cruz.

Contrário à mudança, o deputado Jérson Domingos (PMDB), presidente da Assembleia, disse não acreditar que um nome diferente pudesse ter influência na escolha da Fifa. "Não se tratou de uma escolha técnica. Fosse qual fosse o nome, não mudaria absolutamente nada", diz ele.

Domingos se disse favorável à discussão, mas considera o momento inoportuno. "Temo que o Estado possa virar motivo de chacota por parte de Mato Grosso, ou seja, além perdermos a Copa, mudaremos até de nome."

Os deputados voltarão a tratar do tema na próxima terça-feira. A maioria defende a realização de um plebiscito.

Vamos começar com um pouco de música

veja o clipe em

http://www.youtube.com/watch?v=do6_aIBZk_k&feature=PlayList&p=F5A5BCBDC11D4181&playnext=1&playnext_from=PL&index=9

Política


(Athalyba e a Firma)

Nossa vida mais e mais ficando crítica
Basta olhar que você vê que a vida cívica
Deteriora tanto quanto a coisa pública
Quanto choro, quanta fome, quanta súplica
Quanto nojo de saber que gente estúpida
De mamatas vão vivendo na república

Chegou lá sem declarar riqueza súbita

Joga o jogo de enganar postura física
De enganar figura lá postura cênica
Vem política estúpida e anêmica
Vem política raquítica, cínica
Choque vai, inflação vem de forma cíclica
Nem precisa consultar a estatística
Pois de fato a gente sente a vida rústica
Que não há como mudar o tom da música
Pois vai mudar, vai melhorar, vai ficar nítida
Sua alegria de viver será explícita
Nos palanques bem montados, boa acústica
São patéticas promessas de política

De política em política (3x)

Essa política gerando gente cínica
povo mais cada vez ficando cético
Gabiru será um dia milimétrico
São escândalos, processos quilométricos
São seqüestros, falcatruas sem inquéritos
Ser parente se promove pelo mérito
Super faturada a compra, coisa ilícita
Divulgado o resultado da balística
Só se tinha um tiro certo para o céfalo
Deram dois na inflação, efeito ínfimo
Galopante volta a fera, segue o ritmo
Qual doença degradando o corpo aidético
Então o político declara ser o médico
Diagnostica que a cura é pelo empréstimo
Com certeza vai querer morder o dízimo
E ao problema ele receita um analgésico
E toda verba vai pro bolso dos corruptos
E todo o povo ajoelhado ante o púlpito
Ora a deus, pede luz para o facínora
Encarnado na figura do publícola

Refrão

Avanço no futuro, cibernética
Com videogame, disc-laser, informática
Mili-dados vão na fita magnética
E essa política atrasando o sul da América
Demagogia se tornando vida prática
Recessão na economia mais estática
A gente não sabemos nem uma gramática
E na saúde como a coisa está dramática
Se ganho vinte: noves-fora, matemática
Lá vai imposto numa construção lunática

Teve debate na TV caiu na sátira
Lobbies lobos lambem lá de forma sádica
Outros bobos querem resolver na mágica
Alguns acharam a solução compondo máximas
Outros já preferem agir de forma tácita
E tudo via se aprofundando na retórica
E de política o povo está com cólicas
E vai levando na sua vidinha módica
Quando o que dá risadas, sente cócegas
Do salário de miséria, coisa cômica

Parlamentarismo, monarquia ou república
Muda o nome e terão todos forma única
Se não mudar a mentalidade lúdica,
modo de se encarar a coisa pública
Enquanto isso a esperança mais umbrícola
Secando a roupa no varal ainda úmida
sol batendo numa gota d'água fúlgida,
Que será de nós e de nosso habitat ...
Suando as mãos nós limparemos a política
A inflação é conseqüência desse cólera
E todo mal que nos assola é uma alíquota
Cujo montante principal é a política
Essa política sem lógica, sem nexo
Essa política do próprio paradoxo
Essa política larica mais que tóxico
Essa política do fight bem no plexo
Essa política que não respeita sexo
Essa política perdida em circunflexo
Essa política mentiras em anexo
Essa política do choque heterodoxo
Refrão
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