domingo, 23 de janeiro de 2011

Ao final, o fim

Esta é a última postagem deste blogue, que não será apagado, pois é o testemunho de uma insatisfação que não foi vencida. Não digo que eu não goste dele, pois me diverti bastante ao construí-lo. Também não posso dizer que não aprenda nada com este ofício, cujo exercício é uma escola em si mesma. Muito menos poderia dizer que me faltem assuntos. Exemplos de temas que eu gostaria de abordar seriam as merecidas aposentadorias dos ex-governadores, o caso Cesare Battisti e as declarações do ministro Aloízio Mercadante sobre as enchentes. Ou seja, eu poderia seguir com esta crônica política, mas o fato é que me cansei de apenas escrever sobre gente medíocre. Sinto a necessidade de enveredar por algo mais estrutural, irreversível, profundo. É mais fácil agredir espantalhos do que monstros reais, mas os espantalhos servem como preparação. Talvez este blog tenha sido algo como um sonho de uma letargia. A gordura gasta nesta hibernação é agora musculatura para uma viagem que só se faz uma vez. Agradeço aos que me leram, e aos que se manifestaram. Lamento apenas não ter recebido críticas mais duras, pois são o tipo de manifestação que acreditava seriam ensejadas. Que esta despedida seja um até breve, e que nos encontremos novamente noutras linhas.

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